Os estágios evolutivos de um usuário do Twitter: do primata ao pássaro

Os usos que um usuário faz do Twitter se modificam ao longo do tempo. Naturalmente, o indivíduo vai ganhando mais experiência, conhecendo melhor as potencialidades da ferramenta e consegue atingir níveis mais elevados de maturidade dentro da rede social.



O Twitter também envelheceu junto com seus usuários e, ao observar as apropriações da ferramenta mais recorrentes e de maior potencial, optou por modificar a pergunta que norteia o uso desta rede social. Em vez de responder "o que você está fazendo", os usuários dizem "o que está acontecendo". Na prática, o que ocorreu foi um deslocamento do foco na vida privada de um indivíduo para acontecimentos que sejam relevantes para uma comunidade um pouco mais ampla.

Neste artigo antigo que escavei na deepweb a partir do blog Hipermediaciones, o Robert Swanwick descreve alguns estágios evolutivos dos usuários que utilizam o Twitter. Bem interessante, não totalmente fidedigno, mas suficiente para a reflexão. Vamos a eles!


1º estágio: O que exatamente é isso e para que serve? Como é que sigo alguém? O que é seguir? Se eu seguir alguém, a pessoa me segue de volta? Quem é o Criador? Depois de alguns minutos tentando entender do que se trata, o indivíduo, ainda não um usuário, decide que aquilo é uma total perda de tempo. A maioria das pessoas neste lugar fala bobagens ou de assuntos que não me interessam.

2º estágio: Por que todo mundo está tão ansioso e delirante em relação ao Twitter? Talvez eu devesse dar uma olhada melhor, descobrir o que ele tem de tão de especial. Aos poucos, os indivíduos começam a encontrar pessoas que lhe digam coisas interessantes e passam a logar periodicamente para saber o que elas estão dizendo.

3º estágio: Tenho encontrado pessoas mais interessantes para seguir no Twitter. A rede social já parece bem mais interessante. Tenho que admitir a massagem que tenho recebido no meu ego. Estou ganhando mais e mais followers… Twitter está cada vez mais interessante. Também conheci o TweetDeck e HootSuite que tornaram tudo bem mais fácil.

4º estágio: Nada mais divertido do que ver novas pessoas começando a me seguir. As minhas ambições já não são mais as mesmas. Cresceram! Sinto-me muito mais produtivo e criativo. Poderia twittar o dia inteiro! Posto tweets e vejo o que meus seguidos estão falando o dia inteiro. Na verdade, está mais difícil lidar com o intenso fluxo de informações. Eu encontrei o TwitterGrader e o Klout que me ajudam a verificar o meu progresso na rede social.

5º estágio: O Twitter está me sugando muita energia e tempo. Vou tentar que me contentar com a ideia de que não conseguirei acompanhar tudo o que está sendo dito na rede social. Descobri as hashtags que me ajudam a categorizar melhor os assuntos e encontrar mais rapidamente informações do meu interesse (eu colocaria este evento em estágios anteriores, mas está valendo). Comecei a usar o Twitter para divulgar o meu evento. Não sei de que maneira ainda, mas já estamos marcando presença. Ferramentas novas surgem diariamente.

6º estágio: Algumas das hashtags que sigo já são verdadeiras comunidades e tenho aprendido muito com elas. Comecei a participar de alguns encontros semanais no Twitter, nos quais discutimos uma infinidade de assuntos. O TweetChat tem sido muito útil.

7º estágio: Eu praticamente não entro mais no Twitter através da web. Estou usando ferramentas como o TweetDeck, pois lá acesso os grupos e tópicos que me interessam mais facilmente. Tenho também alguns usuários muito interessantes que checo o que postaram diariamente. As pessoas que conheci nos TweeChats estão se tornando minhas amigas. Para algumas, até já telefonei e tive a oportunidade de compartilhar pessoalmente alguma informação. Pessoas sempre muito sábias e atenciosas.

8º estágio: Ainda não se sabe. Coming soon!

O Robert Swanwick em 2009 perguntava aos usuários quais poderiam ser os próximos estágios.Honestamente, penso que a maioria dos usuários se mantêm nos estágios citados anteriormente. No entanto, eu gostaria de citar os movimentos sociais que começaram em ambientes digitais e se transformaram em comunidades presenciais. O Egito, claro, é um exemplo importante e singular. Fato é que a tecnologia é o uso que é feito dela. Utilizar suas potencialidades para trazer discussões para a esfera pública me parece um hábito bastante maduro e distante do universo da maioria dos usuários. Se conhecerem estágios diferentes, por favor, se manifestem!


Fonte: Blog @Mídia8 - Por Giácomo Degani. Jornalismo / marketing / social media / internet / cibercultura / iPad / iPhone / QRCode / nowism / transmídia / mobile. @giacomodegani. Fonte da imagem.

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